O Recôncavo Baiano, a população ribeirinha da Amazônia e a periferia de uma grande cidade. Territórios onde identidades e modos de existir são forjados e descobertos pelo olhar inventivo do diretor Leandro Lara. Personagens são flagrados em um instantâneo fotográfico. Por outro lado, o movimento subverte o que é perene e a transitoriedade da imagem revela a dimensão subjetiva do corpo, do som e da cor como elementos de significação. Um documentário elaborado pelo exercício experimental a partir do que se vê, do que se interpela através da imagem e do que se reconfigura no fluxo contínuo do movimento.
Bando Studio e Mosquito Project apresentam
Em co-produção com Fuzzr e Roberto Moreira S. Cruz
Um filme de:
Leandro Lara
Produção:
Roberto Moreira S. Cruz e Leandro HBL
Argumento:
Roberto Moreira S. Cruz
Produção Executiva:
Alexandre Paes Leme
Vagner Jabour
Amiten
Montagem:
Lucian Fernandes
Mixagem:
Felipe Colenci
Texto Original:
Tiago Tereza
Direção de Fotografia:
Og Marcelo
Leandro HBL
Fixer:
Mauricio Silva Bastos
1º Assistente Câmera:
Flavio Chacal Geromel
2º Assistente / Loader:
Gabriel Trajano
Direção de Arte:
Felipe Cipriani
Direção de Elenco:
Nailton Dos Santos Gertrudes
Elenco:
Vitor Gomes Santos
Akira Maldonado
Carol Santana
Allan B Conceição
Dina Elizabeth
Elisabete Leal
Aline Sanches Da Silva
Mr. Tardelli
Jose Velho
Max William
Ronald Pedra
Gabriel Ramos
Pesquisa:
Ibrahim Hasan
Leandro HBL
OG Marcelo
Realizado com apoio da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura - Governo Federal operacionalizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo.
Nascido em Belo Horizonte, Brasil, Leandro Lara (a.k.a Leandro HBL) é diretor de cinema e produtor formado em Artes e Comunicação na PUC - MG e especialista em direção de fotografia pelo Instituto Cubano - Escuela Internacional de Cine y Televisión - com sede em San Antonio de Los Baños. Agora estabelecido como diretor, sua visão incorpora um interessante balanço entre impacto visual e profundidade emocional. Seu estilo visual intenso e capacidade de conectar-se entre fotografia, vídeo, animação, design e instalação foram construídos durante três anos como consultor para o pioneiro laboratório de criação da Benetton, a FÁBRICA. Estabeleceu-se em São Paulo, com suas próprias produtoras, a Mosquito Project e a Bando Studio. Dirigiu e produziu o documentário sobre Baile Funk com o Dj Diplo, “Favela on Blast” e a série documental de TV "Reis da Rua”. Recentemente terminou seu diário audiovisual sobre limites e fronteiras chamado “Prelúdios do Sol” composto de doze filmes experimentais curtos. Atualmente, está desenvolvendo os longas "TAZ", em parceria com o roteirista Lucas C. Barros e o drama psicológico “Cleveland”. O talento de unir estética e conceito possibilitaram que muitos de seus trabalhos fossem exibidos em festivais de cinema e arte pelo mundo. Em 2019 lançou “RODANTES”, sua estreia como diretor para um longa metragem de ficção
___sobre o produtor
Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (2008-2011) e Mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ (1999-2001). Realizou pesquisa de Pós-doutorado pelo Programa de Estética e História da Arte do Museu de Arte Contemporãnea e USP (2017-2019). Foi Gerente do Núcleo de Audiovisual do Itaú Cultural entre os anos de 2001 e 2011, sendo responsável pela gestão de projetos e desenvolvimento de pesquisa e programação com atuação nacional e internacional. Foi Diretor Executivo da Sociedade Amigos da Cinemateca (2016-2019), onde atuou na coordenação do Plano de Trabalho trienal desenvolvido em parceria com a Cinemateca Brasileira e o Ministério da Cultura do Governo Federal. Desde 2012 atua como produtor cultural e curador independente, tendo realizado projetos em parceria com instituições como Sesc-SP, Sesi-SP, CCBB, Fundação Ibere Camargo, Museu de Arte Moderna - RJ, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Produtor executivo da série Iconoclássicos sobre artistas brasileiros contemporâneos. A seleção traz documentários sobre o músico e compositor Itamar Assumpção, o artista plástico Nelson Leirner, o dramaturgo José Celso Martinez Corrêa e o cineasta Rogério Sganzerla. Uma realização do Itaú Cultural, os filmes trazem material de arquivo, entrevistas, biografias e mostram a postura iconoclasta e visionária desses artistas.
Nota do diretor:
O ponto de partida de LUMENS é o signo — o modo como cada cor, som, corpo e movimento carrega um sentido que vai além da imagem em si. O filme parte do desejo de olhar para o Recôncavo Baiano, a Amazônia ribeirinha e a periferia de uma grande cidade como territórios onde esses signos se manifestam e se transformam o tempo todo. São espaços em que o real se torna simbólico e onde o cotidiano revela uma força estética própria.
A câmera em LUMENS não busca apenas registrar, mas se deixar afetar. Ela observa, respira junto e, em muitos momentos, se confunde com o que filma. Mais do que narrar uma história, o filme propõe uma experiência visual e sonora, um fluxo entre o que é fixo e o que está em movimento. A imagem fotográfica — o “instante congelado” — é constantemente tensionada pelo tempo, pela luz, pelo som e pela presença do corpo.
O objetivo é que o espectador sinta o filme como um campo de energia, em que cada signo — uma cor quente, um ruído distante, um gesto repentino — revela algo sobre os modos de existir daqueles que habitam esses territórios. LUMENS se constrói como um documentário feito a partir do exercício do olhar, mas também da escuta e da sensação. É um mergulho naquilo que se vê, mas também no que apenas se intui — no que se transforma quando a imagem volta a se mover.
Rodantes (2019)
Reis da rua (2011, TV)
Favela on Blast (2008, documentário)
Descaminhos (2007, segmento "5", documentário)